quinta-feira, 5 de junho de 2014

Flight check: Indo a Miami com a Avianca

Trechos voados: GRU - BOG - MIA e MIA-BOG-BSB 

O pôr do sol mais lindo que já vi foi no voo MIA-BOG

Sempre gostei de ler as opiniões dos passageiros sobre experiências de voo. Há uma grande diferença entre as companhias aéreas no que concerne atendimento, serviço de bordo e aeronaves, o que torna interessante ler os chamados Flight Checks antes de viajar. Por isso estou inaugurando essa sessão aqui no blog com esse Flight Check da empresa colombiana Avianca. 
Essa viagem aconteceu em janeiro de 2013, quando fui fazer um cruzeiro que saia de Miami. Apesar de morar em Brasília, eu precisava embarcar em São Paulo e a Avianca foi a empresa que apresentou o melhor preço para uma viagem com saída e chegada por aeroportos diferentes.  

1. Compra das passagens
Feita pela internet, com bastante facilidade. A escolha dos assentos foi feita no ato da compra, também sem problemas. Não consegui fazer o pedido da refeição vegetariana online, mas uma ligação para o call center da Avianca resolveu tudo rapidamente. O atendimento foi feito em português de forma bastante clara, ágil e atenciosa. 

2. Check in
Eu acabei chegando cedo demais em Guarulhos, portanto tive que ficar segurando minhas malas durante algumas horas até que o check in fosse aberto. Realizei o procedimento em um dos totens que ficam próximos aos guichês da empresa (agora, após a reforma do aeroporto de Guarulhos não sei precisar se o funcionamento permanece o mesmo). Com os dois cartões de embarque em mãos, me dirigi ao guichê apenas para despachar a bagagem. O atendimento do pessoal de terra da empresa foi bastante simpático. 

3. Embarque
Em ambos os trechos o embarque foi realizado no horário, de forma bastante ágil. Como de costume nas demais empresas aéreas, foi dada prioridade a passageiros da classe executiva, idosos, portadores de necessidades especiais e passageiros acompanhados por crianças. 

4. Avião
O trecho GRU-BOG foi realizado em um Airbus A319, com a configuração clássica que encontramos nos voos domésticos aqui no Brasil, 3 poltronas de cada lado. Já o trecho BOG-MIA foi realizado num A330, cuja configuração na classe econômica era 2-4-2. Em ambos os trechos ocupei assentos de janela. Achei a distância entre poltronas bastante razoável (tenho 1,70m) e o assento razoavelmente confortável. Ambas as aeronaves encontravam-se limpas e bem mantidas. Nos dois trechos as aeronaves apresentavam sistema AVOD de entretenimento, com diversas opções de filmes, séries e música. Cada assento da classe econômica tinha um travesseiro e manta no primeiro trecho. Já no segundo, percebi que nem todos tinham esses acessórios (o meu tinha). 

5. Serviço de bordo
Os comissários foram bastante atenciosos em ambos os voos. O primeiro voo teve dois serviços, um snack e um café da manhã próximo à chegada. Já no segundo trecho, foi servido um café da manhã. Na primeira parte da viagem tudo correu tranquilamente, minha refeição vegetariana estava de acordo; já na segunda etapa, a Avianca esqueceu de embarcar a minha refeição! Quando a aeromoça passou servindo o café eu disse a ela que havia feito o pedido de refeição especial. Ela me respondeu que não havia qualquer pedido de refeição especial para aquele voo. Mostrei a ela o comprovante que havia imprimido e ela foi até a galley e voltou, pedindo mil desculpas e avisando que a minha refeição não tinha sido embarcada. A coisa podia ter terminado por aí, era um voo de 3:30h e eu não ia morrer de fome por conta disso. Mas ela me perguntou "você come queijos, torradas, frutas?", e eu respondi afirmativamente. Em 5 minutos ela me aparece de volta lá da executiva, com uma bandeja muito bem arrumada (guardanapo de tecido e tudo), com um prato de frutas, queijos, biscoitos e torradas, pãozinho, manteiga, geleia, até um bolinho de chocolate! Fiquei muito bem impressionada com essa atitude proativa da comissária, ponto para a Avianca!     

6. Conexão em Bogotá
Meu tempo em solo foi de cerca de 4 horas, mais que suficiente pra conhecer um pouco o aeroporto. O Aeroporto Internacional de Eldorado estava passando por reformas quando estive lá, mas ainda assim tive uma ótima impressão! Tudo muito moderno, várias (e boas) lojas na área de embarque/desembarque, inclusive em termos de alimentação. Tinha até um Starbucks. O free shop é imenso, do tipo que tem várias lojas separadas. A área de espera é bem confortável e há boa disponibilidade de pontos de energia para carregar os muitos gadgets que acompanham os viajantes de hoje em dia.  

7. Segunda etapa da viagem - considerações
O voo MIA-BOG transcorreu normalmente (dessa vez a minha refeição foi embarcada) e a conexão em Bogotá foi como o esperado. O que eu não esperava foi o péssimo voo BOG-BSB, realizado pela peruana TACA. Eu sabia de antemão que esse trecho seria realizado pela TACA (que faz codeshare com a Avianca), mas se soubesse que seria nesses termos, teria preferido ir até São Paulo e de lá pegar uma conexão para Brasília. Avião muito, mas muito velho, poltronas gastas, banheiros sujos. Acho que a comissária de terra se compadeceu porque eu viajava sozinha e me deu um assento logo na primeira fileira, janela, atrás das poltronas da executiva. Pelo menos o meu espaço para as pernas era bem confortável. Jantar vegetariano? Rá. A única opção de jantar era penne com molho de salsicha. Eu falei que havia feito o pedido de refeição especial e o comissário só faltou rir de mim. Entretenimento? Nem uma revistinha pra contar história. Enfim, voo péssimo, turbulento ainda por cima, um horror. Não sei se tive azar ou se esse é o padrão nesse trecho, só sei que tenho minhas dúvidas se valeria a pena enfrentar a TACA novamente para chegar direto por Brasília.   

8. Desembarque
Em Miami lento, mas não por culpa da companhia e sim pelo número de voos chegando ao mesmo tempo e também por conta da fila da imigração. Passada a alfândega, as malas já estavam fora da esteira, me aguardando. Já em Brasília foi bem rápido, as malas chegaram na esteira em tempo recorde.

9. Resumo: 
Tive uma experiência excelente nessa primeira viagem internacional realizada com a Avianca. Com os preços praticados pela TAM e pelas aéreas americanas nos voos diretos, a Avianca (e também a panamenha Copa) se tornam opções excelentes, principalmente pra quem embarca fora do eixo Rio-São Paulo. Só achei muito ruim o voo codeshare com a TACA, essa opção deveria ser revista pela empresa.   

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